quarta-feira, 18 de julho de 2018
Sem luz nos olhos seus
Perdoa,
Desculpa se não o poupo de meus pareceres,
Se os despejo, mais que suposições,
Sem seu pedir,
Com status de certezas.
São sentires. Espontâneos, intensos.
Não são procurados, calculados.
Acometem-me, sem escolha.
Assomam-me por seus modos,
Emergem em mim, assim, simples-mente,
Pedindo erupção.
São veios, vias de vulcão,
Meios de manar interesse,
Atenção de afeição,
Ação de quem quer o bem.
Quem não importa se esquece.
Perdoa,
Desculpa a franqueza de falar
Do teu olhar não terno,
Árido ao meu ver.
Dos teus meneios sérios, sombreados,
Austeros, sem delicadezas...
Sem sorrisos d'alma.
Personalidade ?
Nada, ninguém é perfeito.
Mas se for de bom proveito,
Se der luz à vida,
Pode valer à pena lapidar.