domingo, 5 de agosto de 2018

(In) Fluência



O que sinto não fica atrás da porta.
Toma vitrine, transparente.
É exposto, posto à janela... para voar.
E para alguém pegar, provar,
Usar também... se lhe servir.

O que sinto se projeta, pula, toma espaço.
Salta, canta... dança.
Corpo, pouco importante, é apenas palco.

O que sinto é o que me sabe
E o que me conta.
O que desponta,
O que me acorda,
O que me leva,
O que me deixa,
O que me deita.

O que sinto, somado a pensar,
Motiva-me a andar...
Primeiro por dentro.
Um leva o outro a passear
Para com-por conjunto,
Melodias de harmonia...
E-moção.

Porque este ser é coração,
Meu meio mais inteiro.
Via valente, de coragem de viver.

O que sinto não cede a grades,
Não tem prisão.
Caminha de mãos dadas com a razão,
Dia a dia,
Em direção à alegria...

Para alguém pegar, provar,
Usar também... se lhe servir.