quarta-feira, 31 de julho de 2019
Doentes... de não ter dito, e dividido, e...
Encontro-me cercada de seres cheios de SEs,
Que queriam ter dito mais, dividido mais, doado mais...
Envolvidos no que não volta.
São pacientes, parentes... pessoas que passam.
Assisto a histórias assim todos os dias.
Filmes ao vivo,
Transmitindo mensagens em palcos pessoais.
Ouço seus sentires, percebo seus pensares, palpo seus pesares
Estampados em faces sérias, sombrias,
Entristecidas, abatidas, doentias.
Fácil interpretar seus silêncios cheios de anseios,
E dores, e culpas... lamentos.
Tangíveis seus dizeres vazios de sorrisos.
Somado ao que vivi, bocado vejo
Observando olhares, respirações.
Ouvindo sussurros, suspiros,
Transmitindo notícias, testemunhando sustos...
Acompanhando passos, palpitações.
De inspeções a auscultas, hipóteses são formuladas.
E diagnósticos advindos, e condutas cogitadas.
Prescrições sugeridas, renovações recomendadas...
Em nome do pão nosso de cada dia
Da saúde de ser.