Ahhhh, abro a tela como janela de ser, a tanto trancada.!
De joelhos, retomo o ofício, sagrado, ensejando veios de verter alma.
Reverenciando o mistério, posto-me aos pés das inspirações que pairam,
Desnudando dores de um afastamento compulsório,
De tempos poupudos de dúvidas, fraquezas, esvaziamentos mal nominados.
Ahhhh, aqui de novo !
Estes dedos, moldados para imprimir emoções, perderam funções
Fazendo coisas quaisquer, desimportantes.
Débeis, dançantes a esmo, andaram tal ponteiros de relógios loucos,
Presos em caixas-dias, horas infindáveis,
Vazias de poesia.
Padecemos, o todo, sem sentido.
Sobrevivemos quase sem pulso, em solitária de sentir intenso, sem expressão,
Apartados de palavras postas à mostra.