quarta-feira, 1 de julho de 2015

Na rua, na fazenda, numa casinha de sapê



Ah, quem não tem lá suas birras, aquelas cismas, umas manias, implicâncias também ?!
Aqui, sapato que pisa poça tem de apalpar tapete.
Que não aporte, adentre empapuçado: será barrado !
Quem pode com isso ? Não há quem se agrade.
Pois bem, não há mulher que se agrade.
Ok; o caso é verbo conjugado em primeira pessoa mesmo.
Não me agrado e ponto... de exclamação.

Lindos, sonoros, encantados... os splashes lá na rua !
Genes Kelly ou Freds Astaire fiquem à vontade...
Mas que dancem na chuva... fora.
Que pisem em poças, em poços, quando, quanto quiserem...
Desde que doutro lado, antes de entrar.

Cá, sai pra lá: não em minha sala de estar !
Vão bailar, que é bonito... mas é noutra freguesia !
Aqui, sapato molhado beija capacho... ou se obriga a andar dos pés.
Lambança na casa ? Fora de cogitação !
Pegadas no piso, chão embarreado ? Não há quem se agrade.
Ok; o caso é verbo conjugado em primeira pessoa mesmo,
Não me agrado e ponto... de exclamação.

Ahhhhbençoada chuva !...
Na varanda, na sacada, ladrilhada de brilhantes... para o meu amor passar...
Ou na rua, na fazenda, numa casinha de sapê.
Mas, êpa, sem convite, não no meu chão !
Mesmo vinda com você.