quarta-feira, 25 de junho de 2025

Brinde à poesia

 


Hoje ergo a taça à poesia.

Com ela brindo o que me toma, me acomete.

Sou serpentina e confete,

Celebro a vida como é: perfeições e imperfeições.


Tudo acaba por encaixar-se

Ao regar a prosa do dia-a-dia com poesia.

O mistério dá lugar às revelações.

O salgado fica doce e, bocado a bocado, aprecio seus sabores

Sem me desfazer de mim.


Vivo entidade,

Assumo minha humanidade,

Ao presente dou sentido

Sem tomar partido entre bem e mal.


Simplesmente aconteço.

Assumo que mereço o que se dá.

Ponho a vida a andar, sem correr de nada.

Sou criatura devotada ao sentir do meu pensar.


Um brinde à poesia !