Hoje ergo a taça à poesia.
Com ela brindo o que me toma, me acomete.
Sou serpentina e confete,
Celebro a vida como é: perfeições e imperfeições.
Tudo acaba por encaixar-se
Ao regar a prosa do dia-a-dia com poesia.
O mistério dá lugar às revelações.
O salgado fica doce e, bocado a bocado, aprecio seus sabores
Sem me desfazer de mim.
Vivo entidade,
Assumo minha humanidade,
Ao presente dou sentido
Sem tomar partido entre bem e mal.
Simplesmente aconteço.
Assumo que mereço o que se dá.
Ponho a vida a andar, sem correr de nada.
Sou criatura devotada ao sentir do meu pensar.
Um brinde à poesia !