terça-feira, 17 de junho de 2025

Pa-Lavrando

 


Eu me encanto com as palavras. 

De repente uma pulula, pula aos meus olhos,

Ou aos ouvidos... pedindo verso.


Subitamente palavra grita... ou sussurra

E então se aninha em meu colo

E assenhora-se de mim.


Surge do nada, de sopetão.

Brota de um texto qualquer,

De um trecho de música,

Da conversa com a vizinha...

Do bate papo com a amiga no sofá,

Surge de abismos, buracos negros...

Para aclarar-se.

E elege a mente como morada,

Enredada de emoção.


Faz-se ver, vem se mostrar

Em meio a um mundo de outras tantas.

É magia, com direito a varinha de condão.


Converte-se em estrela, a brilhar, 

Fica em  relevo.

Chamando atenção.

Bailando diante do olhar,

Em minha mente faz festejo.


Pa-lavrando ponho-me a poetar.