Eu me encanto com as palavras.
De repente uma pulula, pula aos meus olhos,
Ou aos ouvidos... pedindo verso.
Subitamente palavra grita... ou sussurra
E então se aninha em meu colo
E assenhora-se de mim.
Surge do nada, de sopetão.
Brota de um texto qualquer,
De um trecho de música,
Da conversa com a vizinha...
Do bate papo com a amiga no sofá,
Surge de abismos, buracos negros...
Para aclarar-se.
E elege a mente como morada,
Enredada de emoção.
Faz-se ver, vem se mostrar
Em meio a um mundo de outras tantas.
É magia, com direito a varinha de condão.
Converte-se em estrela, a brilhar,
Fica em relevo.
Chamando atenção.
Bailando diante do olhar,
Em minha mente faz festejo.
Pa-lavrando ponho-me a poetar.