segunda-feira, 16 de junho de 2025

Novela de amor

 


Há tempos que não sinto o gosto adocicado de seus beijos.

Há tempos as bocas não bailam, não dançam fazendo festejos.

Há tempos somos só pensamentos, anseios soltos... sem porto certo.

Há tempos só há sonhos... e desejos.


Já fomos um de dois,

Separados apenas no conceito.

Há tempos perdeu-se o que saltava, pulava ao peito.

Não sei mais, direito, o que possui em suas lembranças.


Sei só que não há dança.

Onde já houve esperança há apenas vazio.

E o coração pede, com frio, que o aqueça.


Há tempos peço que apareça

Nova-mente, em amor antigo.

Que seja objeto direto, que se conjugue sem preposições,

Sem ser artigo de ilusões. 


Volta, faz-me calor,

Esquenta, abrasa, acalora-me agora.

Faz-se hora de emoções.

Nova novela de amor.