Há tempos que não sinto o gosto adocicado de seus beijos.
Há tempos as bocas não bailam, não dançam fazendo festejos.
Há tempos somos só pensamentos, anseios soltos... sem porto certo.
Há tempos só há sonhos... e desejos.
Já fomos um de dois,
Separados apenas no conceito.
Há tempos perdeu-se o que saltava, pulava ao peito.
Não sei mais, direito, o que possui em suas lembranças.
Sei só que não há dança.
Onde já houve esperança há apenas vazio.
E o coração pede, com frio, que o aqueça.
Há tempos peço que apareça
Nova-mente, em amor antigo.
Que seja objeto direto, que se conjugue sem preposições,
Sem ser artigo de ilusões.
Volta, faz-me calor,
Esquenta, abrasa, acalora-me agora.
Faz-se hora de emoções.
Nova novela de amor.