quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Abaixo o lixo eleitoral !



Abaixo a propaganda de rua, essa renca de cartazes às calçadas, enxurrada de imagens inundando passagens com atos e adereços de mal gosto ! Abaixo esse enxame espalhando números e rostos, desconhecidos e reincidentes ! Fora para esse amontoado de painéis postulando cargos, pedindo aprovação, acenando com bagagens discutíveis, potenciais insondáveis... alentados de histórias duvidosas e passados que condenam, inclusive.

Placas em muros e paredes amontoam-se aos mundareis. Insinuam promessas lindas, loucas, vagas... disputando mais que olhares - votos inadvertidos - amofinando o indivíduo de mínimo bom senso. Meio arcaico, abominável, de fazer pouco de eleitor ! Material que avilta o ser que pensa: menospreza a inteligência, investe em prosaica tentativa de lavagem cerebral.

Qual seu objetivo senão avançar por via subliminar, vencer mentes pelo cansaço, pela repetição, adentrando o inconsciente e, assim, conseguir espaço... improvável por julgamento lúcido, exercício exclusivo da razão ?!

Sequer exibem projetos, sendo nulos em conteúdo. Ostentam, apenas, seus melhores perfis...  ocultando as mesmas eternas promessas de mundos e fundos... geralmente cumprindo os segundos.

Abaixo esse mar de entulho desse universo de interesses ! Abaixo esse amontoado de sujeira desse universo de papéis... de quem busca e encontra, também por esses meios, formas de tentar subjugar !

Que a massa utilize a mídia para informar-se. Que navegue a imprensa, acesse o mundo virtual. Que a propaganda caminhe pelas redes, viaje por celulares... como já circula em TV. Porque quem, nestes tempos, não tem televisão, não habita este planeta: objetivamente não vota.

Que eleitor tenha o direito, possa escolher, além de candidatos, onde e quando os quer ver. Que não seja obrigado, cercado, contra sua vontade: atropelado por propaganda que nada diz a quem de verdade quer saber.