sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Não vale a pena ver de novo !
E lá vamos nós, outra vez !
Ah, quão cansativo ser obrigado a repetir... aos mesmos ouvidos ! A seres que parecem atentar, que dizem escutar... sem assimilar e converter, articular prosa em ação.
Desgastante despender o verbo, de novo, incorrendo em ladainha. Triste assistir, outra vez, movimento de jeito sonso, a portar-se distraído, fazer-se desentendido, surdo, "ausente".
Ah, é fatigante, aborrecente a repetição improdutiva ! Fazer cópia, lengalenga da palavra, deitar sentenças sem sucesso: com má recepção.
As perguntas aparecem somadas, em sequência, avolumadas, voltando a temas já passados, vividos, reprisados sem dó. E, pior, pedindo justificativas !...
Justificar escolhas particulares, no singular, que não competem ao outro, que não comprometem o meio ? Justificar... para, quem sabe, então, conquistar aprovação, granjear prerrogativa que lhe assiste, governo que lhe pertence ? Ah, acho que não !
Gente grande, do alto comportado de seus enta, entende que deve ter esse direito. Acredita ter conquistado tal estado de poder. Crê que, plantando conduta mansa, oferecendo a liberdade alheia... deve poder colher.
Extenuante acompanhar, novamente, depois de verbo conjugado, resposta proferida, interrogação renovada, de ser insistente que não aceita - seja um não ou um sim - resposta que não deseja, o que não quer ouvir. Ah, é penoso !... Porque coisa de criança, ser que não adulteceu.
O aparente pouco, em instante, vai se tornando muito... pela soma... sem efeito. Ninguém merece !
E o sangue sobe !... Vai pedir tempo, exercício de silêncio: vai dar trabalho fazer descer !