terça-feira, 26 de setembro de 2017
Sequestro... de emoções
Estranha ! Carne moída... intacta, e emoção mexida. Mente pensante, ativa, processando eventos... e a soma, sua repercussão. Sensação de ressaca... sem bebida. Tudo tocado, revirado sem toque, efetiva ação das mãos.
As noites seguiram-se sem sono. Corpo parece que não pensa... mas processa. Vai evidenciando consequências do acontecido aos poucos. Cabeça dói, visão embaça. Ente, antes pleno, é metade: meio parte, meio inteiro. Age, íntegro, como se fato nada fora... enquanto inconsciente deixa aflorar fragilidade, toda expressão da humanidade.
Encontro inesperado, passeio do passado e... presente exclamado... derivando dúvidas, montante enorme de interrogações. Ahhh, essa nossa natureza pouco conhecida, sempre surpreendente !... O que cremos, repentinamente, num pulso, é questionado. O que parecemos saber é colocado em cheque, evidenciando a pequenez de seres supostamente superiores.
Uma visita e uma volta. Uma visita e assombro. Uma visita e espanto. Uma visita e misto de descobertas e dúvidas. O quão responsáveis somos sobre os outros ? Quanto nossos atos afetam o alheio ? Qual o peso de ações particulares no plural ?
Podemos atingir sem notar. Podemos minar sem intenção, sem o querer. Nossos atos não são só nossos. Desdobram-se, invisíveis aos olhos, em camadas veladas. Sutilmente, fortemente causam impacto ao redor. Imprimem marcas inadvertidamente... também.
Nem sempre o percebemos de pronto. Pode ser preciso tempo. Bastannnnte tempo. A vida segue, fluxo. Corre rios... percorrendo presentes. Nem sempre fazendo pontes com vivido anterior, acumulado em gavetas da memória. Ahhh, quanto fica para atrás, quanto é história !... Impossível caminhar, avançar com tanta carga. Mente não comporta todas as malas à luz: peso demais ! E as vai velando, guardando, simplesmente.
Mas eis que surpresa assoma. Passado aparece de súbito, em pessoa, vestido diferente, trajado de outro... absolutamente inesperado, surpreendente e... é um sequestro ! O inacreditável é viável, faz-se fato. Novidades despertam da sepultura de outras lembranças, tomando forma. Parece um filme... e é real.
Um ensejo e bastante aconteSENDO. Poucas horas gerando muitos reflexos e reflexões. O que parece ter passado toma corpo, passeia à mente, questionando ser sobre ser. Há ainda o que render.