segunda-feira, 16 de abril de 2018
Con-verso
Com sinais, acena, emprega signos.
Deixa vestígios, imprime marcas, usa mímicas.
Utiliza códigos... nem sempre claros.
Sussurra, sinaliza, sugere... e nem sempre ouço.
Nem sempre capto seus informes, absorvo seus avisos.
Importante ser vigilante.
São lembranças, insights, vislumbres, ideias repentinas... em tons sutis.
Sustos, surpresas, aparentes acidentes.
Sentimentos súbitos, sensações difusas, imprecisas.
Impulsos, encantos... arrebatamentos.
Sinto, sei que fala a todo momento.
Que me move, alimenta, ecoa em mim.
Mas não dou conta de atentar, perceber,
Decifrar a todo instante.
Então, numa espécie de estratégia,
Forma, meio, via de tentar ter garantia,
Paro, sento para con-versar com o universo todo dia.
Marco encontro com minha alma às manhãs
...e poeto um tanto do que me conta.